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Deckbuilding

“É possível construir uma máquina perfeita a partir de componentes imperfeitos.” - Urza

Deckbuilding

Em geral, jogadores iniciantes têm o costume de comprar decks prontos para jogar, ou utilizam os decks pré-construídos do MTG Arena. Existe também a possibilidade de procurar listas de outros jogadores na internet. No entanto, para muitos jogadores, um dos apelos de Magic é justamente poder montar o próprio deck. Aqui, vamos ver alguns princípios básicos de deckbuilding.

A primeira coisa que precisamos saber antes de montar um deck é qual formato ele vai jogar. Os formatos podem ser divididos entre limitados e selados.

Limitado

Formatos limitados são aqueles que você tem acesso a cards específicos para montar seu deck. As variações mais comuns são selado e draft.

No selado, cada jogador recebe seis boosters, cada um com 15 cards. A partir dos 90 cards abertos, você deve montar um deck com no mínimo 40 cartas. Além das cartas abertas, você também deve utilizar terrenos básicos.

No draft, também devem ser montados decks de 40 cartas. No entanto, a forma com que você adquire as cartas é diferente. Cada jogador recebe três boosters. Ao mesmo tempo, cada um deles abre o primeiro booster e escolhe uma das cartas dele. Em seguida, passa as 14 cartas restantes para o jogador ao seu lado. Do conjunto de 14 cartas recebida, escolhe mais uma. Esse processo se repete até que as 15 cartas de cada booster tenham sido escolhidas. No draft, é importante você tentar manter as cartas

Nos formatos limitados, não há um limite de cópias para as cartas.

Existem algumas recomendações não obrigatórias nos formatos selados. A primeira e mais importante é que não se façam decks com mais de 40 cartas. Quanto mais cartas têm, menor a chance de você comprar aquela carta forte que você conseguiu uma única cópia. Das 40 cartas, uma boa quantidade de terrenos é 17. Não adianta ter mágicas poderosas e não ter mana para conjurá-las.

Por fim, o ideal é fazer um deck de duas cores. Caso você queira muito fazer um deck de três, busque utilizar correções de mana e, no caso do draft, escolher eventuais terrenos de duas cores.

Construído

Os formatos contruídos são aqueles que todos os jogadores têm acesso a um mesmo conjunto de cartas. Esse conjunto é definido por fatores como raridade das cartas, edição e banimentos. Vamos abordar aqui os três formatos existentes no Magic Arena: Histórico, Standard e Brawl. Nos três, os decks devem ter 60 cartas.

O Standard é um formato rotativo. Isso significa que, com o tempo, cartas novas publicadas passam a ser válidas e cartas antigas rotacionam (deixam de ser válidas). A cada ano, são lançadas quatro coleções válidas no Standard. Quando a terceira coleção é lançada do ano é lançada (em geral em setembro), as quatro edições mais antigas rotacionam. Isso significa que sempre existem entre cinco e oito coleções válidas.

O Histórico é um formato não rotativo, ou seja, as cartas que estão presentes nele só deixam de ser válidas caso aconteça um banimento. Cartas de coleções novas também passam a ser válidas no Histórico. Além disso, periodicamente são lançadas coleções de cartas antigas que passam a também ser válidas especificamente nesse formato. São válidas as cartas lançadas desde o Rivais de Ixalan.

O Brawl tem as mesmas cartas que o Standard. No entanto, só é permitida uma cópia de cada carta que não seja terreno básico. Além disso, uma das cartas deve ser o comandante. O comandante deve ser uma criatura lendária ou planeswalker. Só podem estar presentes no deck cartas que estejam dentro das cores de identidade do comandante. Essas cores são aquelas que possuem o símbolo de mana impresso na carta. Isso significa que um deck do Kenrith, o Rei Regresso, podem ter todas as cores de cartas, e não apenas branco. O comandante fica na zona de comando, de onde pode ser conjurado como se estivesse na mão. Toda vez que ele troca de zonas, seu controlador pode optar por colocá-lo de volta na zona de comando, agora custando duas manas genéricas a mais.

Consistência

Quando você está montando um deck, é importante ter em mente qual o objetivo dele. Você quer usar várias criaturas pequenas para subjulgar seu oponente? Ou quer tentar lidar com todas as ameaças para depois colocar usar uma mágica poderosa que vença o jogo? A escolha de cada uma das cartas de seu deck é importante.

Como ao montar um deck você deve ter em mente uma estratégia, é importante que exista redundância. Dificilmente adianta ter uma única cópia de uma carta, porque é provável que em várias partidas você acabe nem comprando ela.

O máximo de cópias de uma carta em um deck é quatro. É interessante que você tenha as quatro cópias de da maioria das cartas do deck, aumentando as chances de comprar uma ou mais delas. Alguns casos que podem levar você a querer menos cópias são baixar a curva de mana ou cartas que lidam com situações específicas que nem sempre acontecem.

Curva de Mana

Você deve ter em seu deck algo entre 35 e 40 mágicas. Não adianta que todas elas sejam muito poderosas e tenham custo de mana alto, porque até conseguir jogá-las o oponente já estará com uma grande vantagem. É importante que você tenha mágicas com custos de mana distribuidos. Dizemos que um deck possui uma curva de mana alta se a média dos custos de mana convertido é alto, e vice versa.

A quantidade de terrenos em um deck normalmente está relacionada com sua curva de mana. Curvas mais altas exigem mais terrenos. Caso você não tenha certeza de quantos usar, uma boa ideia é começar com 23 e tentar perceber se seria vantajoso ter mais ou menos. Não tenha medo de substituir mágicas por terrenos! É melhor do que ficar com a mão cheia de cartas que você não consegue conjurar.